Em Pernambuco, as comemorações dos santos juninos se iniciam no mês de março. A partir de então, timidamente, começa o período de preparação dos festejos. No mês de junho, ocorrem as Trezenas de Santo Antônio e no dia 13 tem lugar a Procissão dos Lírios. Nesse mesmo período do ano, estende-se o olhar para as casas de culto afro-brasileiro e percebe-se que as festas juninas foram transfiguradas por uma releitura dentro da especificidade do processo histórico e do contexto sociocultural brasileiro em que a população afrodescendente encontra-se inserida. Essa releitura, que tinha com referência o ano litúrgico católico, produziu um novo modelo festivo. No dia de São Pedro, o guardião das chaves, o estado se (re)veste de devoção e festa. Dia esse regado à muita bebida e forró, afinal, o ciclo junino só termina em 26 de julho, Dia de SantaAna. É possível encontrar um programação extensa de atrações culturais nos municípios pernambucanos. Ainda resta fôlego? Então vamos cair no forró.
AS ESPADAS DE FOGO DO SÃO JOÃO DE CRUZ DAS ALMAS E A SUA FAMOSA “GUERRA DE ESPADAS”: HISTÓRIA, TRADIÇÃO E POLÊMICA. EDISANDRO BARBOSA BINGRE As espadas A espada originou-se do diabinho ou mosquito, canudinho de papel de cerca de 5 centímetros de comprimento por 3 a 4 milímetros de diâmetro, cheio de pólvora socada que corria doidamente nos passeios, trepava nas paredes ou arrancava do solo e se extinguia no ar; mas também muitas vezes, indiscreto e malicioso, metia-se debaixo das saias, provocando sapateados, gritos e carreiras. Depois surgiu o busca-pé chorão, assim chamado porque apenas corria e chiava, inapto a explodir. Esse já era feito de um pequeno gomo de taquara, reforçado exteriormente por um carbonato enrolado em espiral, e fechado com barro de massapê em ambas as extremidades. Numa delas, o fogueteiro abria com a broca o orifício do mesmo nome e, enchendo-o com pólvora umedecida para melhor aglutinação, preparava a escóva do artefato, protegendo...
Comentários
Postar um comentário