Glória a Deus nas alturas,
Sou Vaqueiro, sou homem da terra
Sou gente de Deus
Entre pedra e espinho
Os caminhos do gado
O meu pão
Proteja Deus o Homem, a terra
E a criação. O gado magro e a seca
A nossa povoação
Sertão pelado, esturricado, encandeado
Onde o forte abóia a sorte
No seu canto de luta
Lá na caatinga vinga
A minha profissão
Derrubo o gado
E me derruba a precisão
Sertão pelado, esturricado, encandeado
Onde o forte abóia a sorte
No seu canto de lutar
Glória a Deus nas alturas
Glória a Deus nas alturas
Vaquejando por campos,
Sem campo pra ter ilusão
Deus lá do céu
Me dê saúde e proteção
Não deixe o mundo
Destruir minha razão
Lá nas alturas
Glória a Deus, mas que amargura
Ter gibão, chapéu de couro
E minha casa não ter chão.
Glória a Deus nas alturas
Sou vaqueiro, sou homem da terra
Sou gente de Deus.
AS ESPADAS DE FOGO DO SÃO JOÃO DE CRUZ DAS ALMAS E A SUA FAMOSA “GUERRA DE ESPADAS”: HISTÓRIA, TRADIÇÃO E POLÊMICA. EDISANDRO BARBOSA BINGRE As espadas A espada originou-se do diabinho ou mosquito, canudinho de papel de cerca de 5 centímetros de comprimento por 3 a 4 milímetros de diâmetro, cheio de pólvora socada que corria doidamente nos passeios, trepava nas paredes ou arrancava do solo e se extinguia no ar; mas também muitas vezes, indiscreto e malicioso, metia-se debaixo das saias, provocando sapateados, gritos e carreiras. Depois surgiu o busca-pé chorão, assim chamado porque apenas corria e chiava, inapto a explodir. Esse já era feito de um pequeno gomo de taquara, reforçado exteriormente por um carbonato enrolado em espiral, e fechado com barro de massapê em ambas as extremidades. Numa delas, o fogueteiro abria com a broca o orifício do mesmo nome e, enchendo-o com pólvora umedecida para melhor aglutinação, preparava a escóva do artefato, protegendo...
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